Cerca de um mês após ser alvo de pichação, a recuperação fachada do Pateo do Collegio, escola fundada por São José de Anchieta e marco zero da cidade de São Paulo, será entregue no próximo domingo, 6 de maio, com uma programação especial.

Pela manhã, às 10h, será celebrada a Santa Missa, com a participação da Schola Cantorum Pateo do Collegio, e haverá também um ato simbólico com a soltura de balões. Além disso, o Museu Anchieta estará com entrada gratuita das 9h às 16h e, durante o dia, haverá diversas atrações musicais.

A fachada do Pateo do Collegio foi pichada na madrugada do dia 10 de abril, com a frase “Olhai por Nois” (sic). Câmeras de segurança registraram quando ao menos três pessoas utilizaram tinta vermelha para realizar o ato de vandalismo.

Os suspeitos João Luiz Prado Simões França e Isabela Tellerman Viana foram identificados e detidos. Eles prestaram depoimento e foram libertados em seguida, tendo recebido multa de R$10 mil cada um. Além disso, confessaram ter participado de outras pichações de prédios públicos.

Na ocasião da pichação do prédio histórico dos jesuítas, seu diretor, Pe. Carlos Alberto Contieri, havia assinalado que os danos tinham sido grandes e que seria necessário recuperar toda a fachada, pois a tinta tinha atingido também os azulejos, vidros e esquadrias.

O trabalho de recuperação da fachada do prédio começou no dia 16 de abril e contou com a colaboração de vários voluntários e também doações.

“A ação de civilidade é a melhor resposta àqueles que depredam o patrimônio comum”, postou a instituição em sua página de Facebook ao comentar o andamento dos trabalhos.

Durante a limpeza, foi necessário lavar a fachada do prédio, lixar as esquadrias e as paredes para, em seguida, pintá-las.

O Pateo do Collegio é um complexo histórico-religioso pertencente à Companhia de Jesus. Foi construído em 1554, por ordem de São José de Anchieta, que decidiu erguer um lugar que servisse de alojamento para os jesuítas e um colégio voltado para a evangelização dos índios.

A construção do prédio foi considerada o ato fundacional da cidade de São Paulo e, desde 1975, o edifício é considerado patrimônio histórico e sítio arqueológico da capital paulista.

No local, hoje se encontra o Museu de Anchieta, um dos mais visitados de São Paulo, e a igreja São José de Anchieta.

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