No domingo, 22 de agosto, realizou-se na cidade de Kolbuszowa, no sudeste da Polônia, o sexto “Festival dos Salmos de David”, evento que celebra o orgulho dos poloneses que arriscaram suas vidas para salvar o povo judeu na Segunda Guerra Mundial, inspirando-se especialmente na família de Józef e Wiktoria Ulma, em processo de beatificação.

O festival, cujo lema é “Honrando os Justos e Salvos”, também busca criar unidade, paz e entendimento mútuo entre os mundos judeu e cristão. Através dos salmos da Bíblia, que são o fundamento da oração judaica e cristã, o objetivo é mostrar esta dimensão de sensibilidade que permite aos judeus agradecer a Deus pela sua vida e aos poloneses o dom da coragem para salvar aquelas vidas.

O festival mais recente, realizado no Estádio Municipal, foi um novo chamado de paz feito por artistas famosos, que interpretaram músicas polonesas e judaicas. O concerto incluiu salmos de reconciliação e paz.

Antes do início do concerto, às 6h30 da tarde, os convidados reuniram-se para rezar pela paz na paróquia de Todos os Santos, em Kolbuszowa, guiados por dom Jan Wątroba, bispo de Rzeszów.

O Santíssimo Sacramento foi exposto no ostensório da Rainha da Paz de Medjugorje, que, depois de visitar as paróquias polonesas, retornará à capela de Medjugorje.

“Os estudiosos bíblicos poloneses e judeus falaram sobre o tema da paz nos salmos. Mais tarde houve uma oração diante do Santíssimo Sacramento no ostensório de Medjugorje. Depois a Festa dos Salmos de Davi. Tudo isso transformou Kolbuszowa em uma cidade símbolo, que clamava pela paz naquele dia, uma cidade de paz”, disse Romaniuk.

Todos os anos, músicos de Israel também participam no projeto. Mas, devido à pandemia, este ano a música judaica foi interpretada pelos artistas poloneses Symcha Keller e Piotr Bunzler.

Os músicos também interpretaram temas sobre a defesa da vida dos nascituros e o bem-estar das famílias.

“Estamos convencidos de que a família Ulma será finalmente padroeira das famílias, não só na Polônia, mas também em todo o mundo”, disse Romaniuk, referindo-se ao trágico destino da família Ulma.

A Fundação Família Ulma “Soar” inspirou-se na vida e na morte de Józef e Wiktoria Ulma, que, juntamente com seus filhos, incluindo um nascituro, foram mortos por soldados alemães por esconderem judeus. A tragédia ocorreu em 24 de março de 1944, na pequena cidade polaca de Markowa, no condado de Lancut, no distrito de Rzeszow.

Em 1995, os Ulma foram honrados postumamente com o título de “Justos entre as Nações”. Em 2010, o presidente da República da Polônia, Lech Kaczyński, os condecorou com a Cruz do Comendador da Ordem da Polônia Restaurada. Seu processo de beatificação começou em 2003 e agora está no Vaticano.

Romaniuk já anunciou a sétima edição do festival para o próximo ano, que tratará sobre a misericórdia.

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