SÃO PAULO, 1 de out de 2019 às 14:00
Desde o dia 25 de setembro, até 3 de novembro, um grupo de voluntários pró-vida tem se revezado em frente ao Hospital Pérola Byington, em São Paulo, na vigília de oração ’40 Dias pela Vida’ (40 Days for Life).
Trata-se de uma iniciativa internacional que busca pôr fim ao aborto por meio da oração e do jejum, com uma vigília pacífica em frente a locais onde esta pratica é realizada.
Segundo a coordenadora do 40 Dias pela Vida São Paulo, Celene Salomão de Carvalho, “o principal motivo dos 40 Dias pela Vida são orações pedindo a conversão dos médicos, enfermeiros, funcionários, diretoria, que trabalham e praticam o aborto”.
“Essa é uma das finalidades principais, porque nós queremos sim o fim do aborto, tanto no Brasil quanto no mundo”, acrescentou.
Neste ano, contou a coordenadora a ACI Digital, há “61 países participando, 855 cidades”. Além disso, “está reunindo 1 milhão de voluntários ao redor do mundo”.
Em sua grande maioria, são realizadas “24 horas de vigília”, porém, “normalmente, o mínimo que se aceita são 12 horas de oração por dia”, como se tem feito em São Paulo, onde a iniciativa acontece das 8h às 20h.
“O slogan principal é ‘rezando pelo fim do aborto’ e tem uma frase também que é ‘o início do fim do aborto’. Esta é a função dos 40 Dias”, indicou.
A inciativa recorda, por exemplo, os 40 dias que Jesus ficou no deserto passando por tentações, em jejum e oração. “Nós acreditamos que oração, vigília e jejum são o que muitas vezes precisamos para quebrar algumas maldições, por isso Jesus passou os 40 dias no deserto”.
A inciativa teve início nos Estados Unidos, em 1998, mas aconteceu pela primeira vez no Brasil em 2016.
De acordo com Celene de Carvalho, o local escolhido para a realização dos 40 Dias pela Vida, isto é, o Hospital Pérola Byington, se deu porque a instituição “pratica o indecente ‘aborto legal’, como chamam”.
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O hospital, que se identifica como Centro de Referência da Saúde da Mulher, possui inclusive um Núcleo de Violência Sexual e Aborto Previsto em Lei.
“O aborto é crime no Brasil continua sendo crime”, explicou Celene, porém, “o STF decidiu que, em casos de estupro e anencefalia, não existe a penalidade, mas continua sendo crime”.
“Por que estamos aqui? Estatísticas nos Estados Unidos, onde os 40 Dias já têm dez anos de fundação, mostram que 75% das mulheres que vão às clínicas de aborto no país para abortar, quando veem o grupo dos 40 Dias no lado de fora da clínica, desistem do aborto”.
Sobre a experiência no Brasil, a coordenadora contou que há “pessoas que vêm, agridem, xingam. E têm aquelas que sentam, choram, contam que abortaram, pedem ajuda”.
“Nós temos aqui duas entidades que nos ajudam e apoiam. Uma delas é a Associação Guadalupe, que faz a acolhida dessas mulheres. Tem ainda o CERVI (Centro de Reestruturação para a Vida), que também acolhe essas mulheres e já salvou 8 mil bebês e cuida da mãe e do bebê”.
Nesse sentido, assinalou que o objetivo “é que seja dado à mulher uma segunda opção e não apenas o aborto. Muitas vezes, as que vêm aqui falam com a gente que nunca deram a elas uma opção de acolhida ou outra forma, a não ser o aborto”.
Por isso, acrescentou, “nossa missão é tentar acolher as pessoas e encaminhar, para que o aborto não aconteça”.
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— ACI Digital (@acidigital) October 1, 2019