Senadores querem acabar com os centros que ajudam as grávidas nos EUA

NOVA IORQUE, 4 de ago de 2022 às 14:51

Os senadores democratas Elizabeth Warren e Bob Menendez lideram um esforço para acabar com centros que ajudam grávidas em situação de risco nos EUA.

Um abaixo-assinado feito pela plataforma Catholic Vote pede que Warren e Menendez "parem imediatamente seus ataques aos Centros de Recursos para Gravidez".

Em declarações à imprensa americana, Elizabeth Warren, senadora pelo Estado de Massachusetts acusou os Centros de Recursos para Gravidez, que dão ajuda educacional e financeira às mulheres que decidem continuar com a gestação dos seus bebês, de “enganar as pessoas que procuram ajuda para interromper a gravidez”.

Warren, que já foi candidata a candidata democrata à Presidência dos EUA, disse que os centros que ajudam mulheres grávidas agora superam os centros de aborto na proporção de três para um em seu Estado.

Por causa disso, Warren disse, "precisamos fechá-los aqui em Massachusetts, e precisamos fechá-los em todo o país".

Warren se juntou a Bob Menendez, descendente de imigrantes cubanos que se define como católico, em um projeto de lei que visa punir centros que ajudam mulheres grávidas.

Apresentando seu projeto de lei em junho deste ano, Menendez, senador de Nova Jersey, acusou os Centros de Recursos para Gravidez de “promover anúncios enganosos” que impedem as mulheres de fazer abortos e também de espalhar “teorias não comprovadas sobre o controle de natalidade e os cuidados contraceptivos”.

Caso esta lei seja aprovada, anunciou Bob Menendez, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos poderia "tomar medidas enérgicas contra estes centros por causa de suas táticas enganosas e os responsabilizar por suas ações”.

Tanto Bob Menendez quanto Elizabeth Warren criticaram a decisão da Suprema Corte dos EUA de 24 de junho deste ano, que anulou o suposto "direito" constitucional ao aborto e anulou a sentença no caso Roe x Wade de 1973.

“Estou com raiva que uma Suprema Corte extremista pense que pode impor suas visões extremistas a todas as mulheres neste país e isso está errado. Eu vi o mundo onde o aborto é ilegal. Não vamos voltar, nem agora, nem nunca", disse Warren nas redes sociais em 3 de maio.

Menendez publicou um comunicado em 24 de junho garantindo que a decisão da Suprema Corte faz os EUA voltarem novamente aos "dias sombrios nos quais as mulheres viviam sem autonomia corporal e sem acesso a cuidados reprodutivos seguros".

“Hoje, compartilho sua raiva e decepção. Compartilho de sua frustração e indignação. Amanhã, e todos os dias depois, até que o acesso aos cuidados de saúde reprodutiva seja totalmente restaurado, estarei pronto para lutar com vocês”, disse Menendez aos defensores do aborto.

O abaixo-assinado feito por Catholic Vote recorda que os Centros de Recursos para Gravidez põem à disposição das mulheres que precisam "serviços de saúde essenciais gratuitos ou de baixo custo", bem como "formação para os pais, incluindo programas de educação sobre a parentalidade pré-natal, consultas de amamentação, aulas de parto, assistência na procura de emprego e muito mais”.

Esses centros também dão "assistência material e financeira, incluindo produtos gratuitos para crianças (como fraldas e leite em pó), roupas, assistência para pagamento de dívidas, serviços de adoção, assistência para transporte e assistência para moradia".

“E vocês querem privar as mulheres desses recursos que elas precisam desesperadamente nesse momento crítico? Quem vocês acham que substituirão esses serviços? A Planned Parenthood oferece fraldas, roupas e ajuda financeira grátis?”, pergunta Catholic Vote citando a maior mutinacional de aborto do mundo.

Para assinar o abaixo-assinado de Catholic Vote, exigindo que os senadores Elizabeth Warren e Bob Menendez parem seus ataques a centros que ajudam mulheres grávidas, você pode clicar: https://catholicvote.org/petition/paremoslos/

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— ACI Digital (@acidigital) August 4, 2022