Durante sua visita ao campo de concentração nazista de Auschwitz, no terceiro dia de sua viagem apostólica à Polônia, o Papa Francisco conheceu a “cela de fome”, que foi preso São Maximiliano Kolbe, até o dia de sua morte em 14 de agosto de 1941.

No recinto escuro, em cujas paredes há uma placa de recordação e estão gravadas as vítimas com três velas ao centro, o Santo Padre se sentou e rezou sozinho e em silêncio por cerca de seis minutos.

São Maximiliano Kolbe

São Maximiliano Kolbe, nascido na cidade polonesa de Zdunska Wola, foi um sacerdote franciscano conventual. Quando a Polônia foi invadida pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi um dos poucos que não abandonou o mosteiro, tornando-o abrigo de 3.000 refugiados poloneses, entre eles 2.000 judeus.

O sacerdote também se recusou a assinar a Deutsche volksliste (“Lista de alemães”), que teria reconhecido os direitos de cidadão alemão, porque seus ancestrais germânicos.

Os nazistas fecharam o mosteiro em 17 de fevereiro de 1941 e a Gestapo, a polícia secreta alemã, prendeu São Maximiliano e outros quatro. Em 28 de maio do mesmo ano, o Padre Kolbe foi transferido para Auschwitz.

No campo de concentração, São Maximiliano continuou realizando o seu ministério sacerdotal, apesar da perseguição e dos maus-tratos de seus carcereiros.

No final de julho daquele ano, três prisioneiros escaparam do campo de concentração. Para promover o medo entre os demais presos, os nazistas decidiram levar à morte na “cela da fome” – também conhecida como o “bunker” – dez pessoas.

São Maximiliano Kolbe se ofereceu voluntariamente para tomar o lugar de um dos condenados, Franciszek Gajowniczek, um sargento e pai de família polonês.

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Nessa cela, o sacerdote seguiu encorajando na fé seus companheiros, com orações e canções, por isso que uma testemunha que trabalhava como porteiro relatou que “tinha a impressão de que eu estava em uma Igreja”.

Depois de duas semanas, somente São Maximiliano seguia vivo. Precisando da cela para outros prisioneiros, os nazistas decidiram acabar com a vida do sacerdote injetando ácido carbólico na sua veia.

A Igreja reconheceu o martírio de São Maximiliano Kolbe e foi beatificado em 1971 pelo Papa Paulo VI , e canonizado em 1982 por João Paulo II.

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