São Brás nasceu no seio de uma família pomposa, de pais nobres; recebeu educação cristã e se consagrou como Bispo quando era ainda muito jovem. Ao começar a perseguição aos cristãos, por inspiração divina, retirou-se a uma cova nas montañas, frequentada por feras selvagens, às quais o santo atendia e curava quando estavam doentes.
Pouco depois, uns caçadores foram em busca desses animais para as apresentações no anfi-teatro, mas São Brás os espantou e foi capturado. Ao enterarem-se que ele era cristão, o conduziram diante do governador Agrícola, quem o mandou açoitar e ser preso no calabouço, privado de alimentos. Logo, foi torturado para que negasse a sua fé, mas o santo se manteve firme, o que implicou posteriormente a ordem para que fosse decapitado.
São Brás foi um Pastor muito querido pelos fiéis de sua grei. Durante o seu cativeiro, na escuridão do calabouço, obteve de presente de algum de seus amigos um par de velas, com as quais recebia luz e calor. Por isso, na representação iconográfica, o santo aparece portando duas candelas. A tradição da "Bênção de São Brás", ou "Bênção das gargantas", que se faz cruzando duas velas sobre as gargantas, se atribui a um milagre que o santo fez em vida, quando curou uma criança que morria engasgada com um osso na garganta.