Século I: Os Evangelho relatam que o manto que envolveu Jesus se encontrava dobrado. O manto teria sido recolhido e custodiado pelos cristãos. Para os hebreus, o manto que havia envolvido um cadáver era um objeto impuro que não podia ser exposto.
Século II: Existem registros de que em Edessa (atual Urfa - Turquia) existia uma imagem de tecido com o rosto de Jesus.
525 – Durante a restauração da Igreja da Santa Sofía, de Edessa se registra o descobrimento de uma imagem de Jesus chamada acheropita (não feita por mão humana) chamada Mandylion (lenço). Numerosos testemunhos a relacionam com o Sudário, sobre tudo porque os pontos de coincidência entre os traços das cópias de Mandylion –que foi profusamente reproduzido- e o Lençol superam os 100.
944 – Os exércitos bizantinos, no curso de uma campanha contra o sultão árabe de Edessa, apoderam-se do Mandylion e o levam solenemente a Constantinopla em 16 de Agosto. O Mandylion era em realidade a Síndone dobrada oito vezes de modo que se visse só o rosto.
1147 – Luis VII, Rei da França, durante sua visita a Constantinopla, venera a Síndone.
1171 - Manuel I mostra a Amalrico, rei dos Latinos de Jerusalém, as relíquias da Paixão, entre as quais está o Lençol.
1204 - Robert de Clary, cronista da IV Cruzada, escreve que: "Todas as Sextas-feiras a Síndone é exposta em Constantinopla [...] mas ninguém sabe o que aconteceu com o tecido depois que fora tirado da cidade". O Lençol desaparece de Constantinopla e é provável que o temor às excomunhões que pesavam sobre os ladrões de relíquias, tenha animado sua ocultação. Diversos historiadores supõem que a relíquia foi levada a Europa e conservada durante um século e meio pelos Templários.
1314 – Os Templários, uma ordem cavalheiresca de Cruzados, é condenada e dissolvida. Foram acusados de realizar cultos secretos não cristãos. Um dos líderes templários era Geoffroy de Charny.
1356 - Geoffroy de Charny, um cruzado homônimo do anterior, entrega o Sudário aos cônegos de Lirey, perto de Troyes, na França. Geoffroy explicou que possuía a relíquia durante três anos.
1389 - Pierre d'Arcis, Bispo de Troyes, proíbe a exibição da Síndone.
1390 - Clemente VII, antipapa de Avignon, refere-se ao Santo Sudário em duas cartas.
1453 - Margarida de Charny, descendente de Geoffroy, cede o Sudário a Ana de Lusignano, esposa do Duque Ludovico de Savoia, quem o levará a Chambéry.
1506 – O Papa Julho II aprova a Missa e o Ofício próprio da Síndone, permitindo o culto público.
1532 - Incêndio em Chambéry na noite do dia 3 para 4 de dezembro: A urna de madeira revestida de prata que guarda o Sudário se queima em uma esquina e algumas gotas de prata derretida atravessa os diversos estratos pregados do linho. Dois anos depois, as Clarissas costurarão os emplastros atualmente visíveis.
1535 – Por motivos bélicos, o tecido é transferido a Turim, em seguida a Vercelli, Milão, Niza e novamente a Vercelli; onde permanece até 1561, quando retorna a Chambéry.
1578 - Emanuel Filiberto Da Savoia em 14 de Setembro transfere a relíquia a Turim para abreviar a viagem de São Carlos Borromeo que queria venerar a relíquia para cumprir um voto. Após as exibições se realizaram em ocasiões de celebrações particulares da Casa da Savoia ou por Jubileus.
1694 – Em 1 de junho se coloca definitivamente na Capela do Arquiteto Guarino Guarini, anexa ao Domo de Turim. Aquele mesmo ano o beato Sebastiano Valfré reforça as bordas e os remendos.
1706 – Em Junho, o Sudário é transferido a Gênova por causa do assédio de Turim, ao final retornando à cidade.
1898 – É tirada a primeira fotografia pelo advogado Secondo Pia entre 25 e 28 Maio. Com ela se iniciam os estudos médico-legais.
1931 - Durante a exibição pelo matrimônio de Umberto da Savoia, a Síndone é fotografada novamente por Giuseppe Enrie, fotógrafo profissional.
1933 - Exibição para comemorar o XIX Centenário da Redenção.
1939/1946 - Durante a Segunda guerra mundial, a Síndone é oculta no Santuário de Montevergine (Avellino) de 25 de Setembro de 1939 a 28 de outubro de 1946.
1969 - De 16 a 18 de Junho se produz um reconhecimento da relíquia de parte de uma comissão de estudo nomeada pelo Cardeal Michele Pellegrino. Realiza-se a primeira fotografia a cores, tomada por Giovanni Battista Judica Cordiglia.
1973 – Primeira exibição televisiva ao vivo (23 de Novembro).
1978 – Celebração do IV Centenário da transferência da Síndone de Chambéry a Turim, com exibição pública de 26 de Agosto a 8 de Outubro. realiza-se também o primeiro Congresso Internacional de Estudo. Os peritos do STURP (Shroud of Turin Research Project), efetuam a investigação de 120 horas.
1980 - Durante a visita a Turim em 13 de Abril, o Papa João Paulo II venera a relíquia.
1983 - Em 18 de Março morre Umberto II da Savoia; doando a Síndone ao Papa.
1988 - Em 21 de Abril se tomam porções da relíquia para a questionada prova do Carbono 14.
1992 - Em 7 de Setembro um novo grupo de peritos efetua um reconhecimento do Sagrado Tecido para ver a maneira de melhorar sua preservação.
1993 - Em 24 de fevereiro a Síndone muda para trás do altar maior do Domo do Turim para permitir os trabalhos de restauração da capela guariniana.
1995 - Em 5 de Setembro o Cardeal Giovanni Saldarini anuncia as duas próximas exibições, de 18 de Abril a 14 de Junho de
1998 (para celebrar o centenário da primeira fotografia) e de 29 de Abril a 11 de Junho do 2000 (com ocasião do Grande Jubileu da Redenção).
1997 – Na noite entre 11 e 12 de Abril um incêndio danifica gravemente a capela da Síndone. O bombeiro Mario Trematore quebra a estrutura de vidro e salva a relíquia.
1998 – Em 18 de Abril se inicia a atual exibição.